Dice la canción

Apesar de Todos de Lucero

album

Aquí Estoy

22 de octubre de 2014

Significado de Apesar de Todos

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La letra de la canción "Apesar de Todos" de Lucero es un poderoso manifiesto que denuncia la violencia, el odio y la opresión presentes en la sociedad contemporánea. A través de un discurso crítico y reflexivo, el cantante expresa su indignación ante situaciones injustas, abordando temas como el asesinato de artistas como Moa do Catendê y Luiz Melodia, la corrupción política, el autoritarismo y la violación de los derechos humanos.

En esta canción, Lucero utiliza metáforas potentes para describir una realidad desgarradora e inquietante. Las referencias a figuras como Moa do Catendê y Luiz Melodia resaltan la brutalidad con la que se ha silenciado a artistas comprometidos con sus ideales. Además, el artista critica abiertamente las acciones y declaraciones controvertidas del gobierno brasileño actual, denunciando su postura antidemocrática y represiva.

A lo largo de la letra, se hacen alusiones a frases polémicas pronunciadas por figuras públicas prominentes que reflejan discursos cargados de misoginia, homofobia y violencia. Lucero confronta estas ideas retrógradas con una voz valiente que rechaza la intolerancia y aboga por valores como la libertad de expresión, la diversidad y la solidaridad.

En cuanto a datos curiosos sobre esta canción, cabe destacar que "Apesar de Todos" ha generado controversia en Brasil debido a su mensaje político explícito y su crítica social contundente. A pesar de no haber recibido premios específicos, ha sido aclamada por su honestidad y valentía para abordar temas sensibles.

En resumen, "Apesar de Todos" es una obra artística provocadora que invita a cuestionar las injusticias arraigadas en nuestra sociedad actual. A través de sus letras incisivas y emocionales, Lucero logra transmitir un mensaje poderoso que incita a la reflexión activa sobre el presente y futuro del país.

Interpretación del significado de la letra realizada con IA.

isto não é um poema
só desabafo
que não pude não fazer
e não pude fazer de outra forma
que não fosse assim
fatiando as frases
no espaço aqui
hoje eu vi
aterrorizado
um artista assassinado
Moa do Catendê,
mestre de capoeira,
autor do Badauê
por conta de uma divergência política num bar da Bahia
depois corri o dedo sobre a tela
e vi e ouvi
arrepiado
Luiz Melodia
também negro e compositor
também com o cabelo rastafari
como a vítima do post anterior
cantando
"no coração do Brasil"
e repetindo muitas vezes esse refrão
"no coração do Brasil"
"no coração do Brasil"
que tento sentir pulsar ainda
entre a luz de Luiz
e a treva desse buraco vazio
que não pulsa mais no peito de Moa do Catendê
e "não existe amor em SP"
ou "no coração do Brasil"
fraturado nesses dias brutos
de coturnos chucros
a chutar a cara
de quem ama arte, cultura, educação
liberdade de expressão
diversidade
cidadania
solidariedade
democracia
mas não se dá a mínima
o que importa é se subiu a bolsa
caiu o dólar
se todos vão prosseguir
seguindo docilmente para o abismo
nessa insanidade coletiva
em que o Brasil nega
qualquer Brasil possível
cega qualquer futuro possível
e o ódio
o horror e o ódio
e nada que se diga faz sentido mais
para quê expor na cara desses caras a palavra explícita
gravada em vídeo e repetida, repetida, repetida
do seu "mito" dizendo:
"eu apoio a tortura"
"eu defendo a ditadura"
"eu vou fechar o congresso"
"não servem nem para procriar"
"não te estupro porque você não merece"
"a gente vai varrer esses vagabundos daqui"
"o erro foi torturar e não matar"
"viadinho tem que apanhar"
etc etc etc etc
e tudo mais
que repete incansavelmente há anos
ante câmeras e microfones
para quê mostrar de novo e de novo
o mesmo nojo
se é justamente por isso que o idolatram?
e sempre haverá os que vêm disfarçar
dizendo:
"estamos entre dois extremos"
"sim, mas veja a Venezuela"
"é para acabar com a corrupção"
"nós queremos segurança"
ou
"não é bem assim..."
enquanto constatamos cada vez mais
que sim, é assim
é assim mesmo
é assim que é
mas como li por aí:
"como explicar a lei Rouanet para quem ainda não assimilou a lei Áurea?"
ou:
"como explicar a lei da gravidade para quem ainda crê que a Terra é plana?"
e querem defender sua ignorância com dentes e garras
querem matar, atirar, vingar a quem?
em nome de quem?
pátria, família, propriedade, segurança?
se nessa seara não há direitos nem respeito
ensino ou dignidade
só horror e ódio
ódio e horror
as palavras perdem a clareza
os valores perdem o valor
a vida perde o valor
Marielle remorta, remorrida, rematada
por sua placa rompida, rasgada, desonrada
pelas mãos truculentas de brutamontes prepotentes
com suas camisetas estampadas com a face do coiso
que redemonstra sua monstruosidade
quando vende em seus próprios comícios
camisetas de outro ultra-monstro Ustra
aquele que além de torturar
levava crianças para verem suas mães torturadas
e esses mesmos abomináveis
que, diante de uma claque vergonhosa
se orgulham de terem rasgado as placas com o nome Marielle Franco
estão sim
agora
eleitos
satisfeitos
mas não saciados de todo o sangue de inocentes que há de correr
só por serem diferentes
excitando em outros o desejo de exercer
seu obscuro poder
de milícia, polícia, esquadrão da morte
e o anúncio da Rocinha metralhada como solução
a barbaridade finalmente institucionalizada como diversão
o Brasil finalmente sem coração
fora da ONU e dos acordos internacionais pelo meio-ambiente
sem controle de sensatez ou mentalidade
sem limite humanitário
"não vai ter ONG!"
"não vai ter ativismo!"
"não vai ter mimimi!"
bradam cheios de si e de ódio
criminosos contra o crime
opressores pela família
amorais pela moral
apesar de todos os alertas da imprensa internacional
de esquerda, de centro, de direita
só não vê quem não quer
a tragédia anunciada
divulgada
não como boato
mas escancaradamente
enquanto empoderados pelo discurso de ódio
de horror e ódio
seus eleitores já saem pelas ruas dando tiros e gritos
enxurradas de fakes
suásticas nazistas gravadas com canivete na pele da menina
que usava "ele não" estampado na blusa
e a promessa de violência desmedida se concretizando
antes mesmo de começar o segundo turno
e nem um centímetro de terra para os índios
e nem um pingo de direitos civis ou humanos
e a volta da censura e o ódio
o ódio
o horror e o ódio
pra encerrar de vez o sonho de uma nação
que tem a chance de dar ao mundo
sua contribuição original
agora fadada a repetir o que de pior já houve na história
sem história agora
sem Museu Nacional
nem cultura nem educação
abolir filosofia e arte
em seu lugar:
moral e cívica
escola militar
religião
geografia dos lucros e dividendos
massacre das minorias
horror e ódio
e ódio e horror
crescente, permanente enquanto dure
pois ninguém larga o osso assim tão fácil depois de um golpe
que precisa parir outro golpe ou autogolpe
alimentado por todas as fakes e facas
contra as costas de artistas como Moa
mas na cabeça de quem apóia, tudo se justifica:
o fascismo
a tortura dos presos
o sumário julgamento sem júri
autorização dada à polícia para matar
e o ódio aos pobres
as blitzes ostensivas
a guerra declarada dos que aceitam assassinos para combater bandidos
se tudo está invertido mesmo
pobre elegendo milionário
pelo avesso e ao contrário
então se autoriza a sórdida barbárie dos fortes contra os fracos
algo está muito doente no Brasil
no descoração do Brasil
que mente, se omite, agride, regride
para avançar sem freios em direção ao fascismo
seguindo a música hipnótica do ódio
horror e ódio
pregados em igrejas
em nome de Deus e de Cristo
só desamor em nome de Cristo
violência e brutalidade em nome de Cristo
armas e tortura e preconceito em nome de Cristo
de Deus e de Cristo
armar a população para metralhar os adversários
os diferentes
os miseráveis
os favelados
os do outro lado
os que se manifestam
ou contestam
ou pensam de outra forma
ou se vestem de outra cor
ou têm outra cor
ou qualquer pretexto que se crie
para espalhar o ódio
o horror e o ódio
do machismo ao estupro
da mentira ao linchamento
do homicídio ao genocídio
"tinha que ter matado pelo menos trinta mil!"
já sem democracia
palavra vazia
em boca de quem compactua
e não são poucos
pensando ser possível
alguma forma de neutralidade nesse momento
como Pilatos lavando as mãos
a chamada mídia tenta fazer média
ao dizer que os dois lados são igualmente extremistas e perigosos
mas então onde estavam nos últimos três mandatos e meio
antes do pesadelo Temer?
estavam numa ditadura comunista e não sabiam?
na verdade todos sabem muito bem que o extremismo vem de um só lado
que quer se eleger para acabar com eleições
e que o grande perigo é mesmo esse jogo de equivalências
que, na verdade, serve ao monstro
pois a omissão é missão impossível neste agora
impossível mascarar o sol da ameaça
hostil e explícita do nazismo crescente
com a peneira furada de um bom senso
mediano, hipócrita, indiferente
que sempre vai dizer:
"Sim, mas a Venezuela..."
como se não tivéssemos ouvido exatamente isso em 64
quando diziam:
"Sim, mas Cuba..."
para justificar a ditadura militar
que tanto elogiam hoje em dia
e que o atual presidente do nosso Supremo Tribunal Federal
decidiu que agora vai chamar de "movimento"
em vez de "golpe militar"
para adoçar um pouco a boca amarga do sangue impregnado
que não vai sumir assim mudando a nomenclatura
desnomeando a já tão dita "ditadura"
mas esse desequilíbrio ético
que diz preferir uma autocracia perfeita
a uma defeituosa democracia
esse erro que nenhum arrependimento será capaz de reparar quando for tarde demais
ainda dá para evitar
ainda é tarde de menos para conter o ódio
o horror e o ódio
ainda

dd
a
d

Letra traducida a Español

Traducción de la letra realizada con IA.

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