Boca de lata de Raimundos

La canción "Boca de lata" interpretada por Raimundos, perteneciente al álbum "Só no forevis", es una pieza musical que ha generado polémica y debate debido a su letra provocativa y explícita. La canción narra la historia de una mujer con un comportamiento rebelde y desinhibido, retratando su vida desde la infancia hasta convertirse en adulta.

La letra describe a la chica como alguien que desde pequeña tenía conductas controvertidas, como chuparse el dedo, y que al crecer buscaba obtener riqueza de forma fácil, llegando incluso a licenciarse en prostitución. Hay referencias explícitas a actividades sexuales y a situaciones grotescas, lo que ha generado controversia y críticas hacia la banda.

En términos emocionales, la canción puede interpretarse como una crítica social hacia los estereotipos de género y las expectativas impuestas a las mujeres. Se desmitifica la figura femenina idealizada, mostrándola como una persona imperfecta con deseos propios. Sin embargo, también se puede percibir cierta misoginia en las letras al reducir a la mujer a un objeto sexual sin profundidad emocional.

En cuanto al contexto cultural en el que se lanzó la canción, es importante considerar que Raimundos es una banda brasileña conocida por su estilo punk rock y letras transgresoras. Su música ha sido controversial pero también ha logrado conectar con un público fiel debido a su autenticidad y audacia en abordar temas tabúes.

En términos musicales, "Boca de lata" destaca por su energía punk rock y ritmo acelerado característico de Raimundos. La instrumentación agresiva y los riffs de guitarra potentes acompañan la narrativa implacable de la letra, creando una atmósfera intensa e irreverente.

En conclusión, "Boca de lata" es una canción que va más allá de lo convencional en cuanto a contenido lírico, desafiando los límites establecidos en lo que se considera aceptable en la música popular. A través de sus letras explícitas y provocadoras, Raimundos invita al público a reflexionar sobre temas sensibles como el sexo, el poder y los roles de género en la sociedad contemporánea.

Conheci uma garota que era uma louca
desde pequenininha com o dedo na boca
depois ficou adulta só queria ser rica
fez vestibular pra puta, hoje é doutora em pica
ela mordia, era bom, mas me dava dor
passava o dente na cabecinha que era um horror
podi crê, eu sei, você é bonita e tem sempre razão
mas acho que seu aparelho prendeu minha circulação
boca de lata
eu, mas meus amigos, vamos de pé
ela não foge e feito o roger eu digo: "eu gosto é de mulher"
podi crê, vamo lá que você vai ver, que eu vou mostrar pra você
o que faz seu corpo tremer danada
chega de diz-que-me-diz que agora que eu sou o juíz
e você é minha escrava e fica tão linda quando faz cara de brava
mas sossega, nessa lei não tem regra, é lá no esfrega, é só relax
vou te namorar sem complexo e lhe aplicar um suplex,
vou colar que nem durex, veja bem.
eu sou o homem que deus colocou no seu destino
um absorvente latino, que sai latindo feito o cão
queimando o filme no salão, eu não tô louco não,
quem sumiu com meu troco vai tomar muito pipoco
vai tomar bala no côco
espera, que agora eu me lembrei que tá na hora
de queimar o motora o produto na calcinha vem do sul
eu que tava lá quando ela viu "aperte um que o piloto sumiu"
saiu voando feito um urubu, é o meu brasão e toda nação da nação
feito o júnior é só uma vez, mulek
e não tem volta não, do cangaço a descendência
do cerrado de nascença
1999 aí e o gama fazendo presença de 1ª,
pra esse microfone funcionar tem que botar pilha
esse é o raimundos maluco de brasília.